STF decreta nova prisão de Silvinei Vasques após rompimento de tornozeleira e tentativa de fuga no Paraguai!


Da Redação | Jurisnewsmartdireito

26 de dezembro de 2025

O cenário jurídico-penal brasileiro registra um novo desdobramento crítico no caso envolvendo a cúpula da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições de 2022. Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da corporação, foi detido nesta sexta-feira (26/12) em Assunção, no Paraguai, sob acusação de tentativa de evasão do distrito da culpa e descumprimento de medidas cautelares.

O Gatilho Processual: O Descumprimento das Cautelares

Vasques, que cumpria medidas restritivas em liberdade vigiada, tornou-se alvo de uma nova ordem de prisão preventiva expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O gatilho para a decisão foi o alerta emitido pela Polícia Federal após o sinal da tornozeleira eletrônica do ex-diretor ter sido interrompido, evidenciando o rompimento do dispositivo.

Segundo as autoridades, o ex-diretor viajou por via terrestre de Santa Catarina até a capital paraguaia, de onde pretendia embarcar em um voo com destino a El Salvador. A captura contou com o suporte da cooperação internacional e das autoridades paraguaias, configurando um caso clássico de aplicação dos mecanismos de extradição e auxílio jurídico mútuo.

Histórico e Condenação Recente

A prisão ocorre apenas dez dias após a condenação definitiva de Vasques pelo plenário do STF, em 16 de dezembro. O ex-diretor foi sentenciado por um conjunto gravíssimo de tipos penais, incluindo:

  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Organização criminosa armada;
  • Dano qualificado ao patrimônio tombado.

A denúncia original, oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), aponta que Vasques utilizou a estrutura da PRF para realizar blitze ilegais no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, visando dificultar o trânsito de eleitores em regiões específicas, conduta que fere frontalmente a lisura do processo eleitoral.

Análise Jurídica: O Risco à Aplicação da Lei Penal

Para os especialistas consultados pelo Jurisnewsmartdireito, a tentativa de fuga para El Salvador consolida o requisito do periculum libertatis (perigo gerado pelo estado de liberdade), fundamentando a necessidade da prisão preventiva para assegurar a aplicação da lei penal, conforme preceitua o Art. 312 do Código de Processo Penal.

A defesa de Vasques ainda não se manifestou sobre o rompimento do monitoramento eletrônico. O ex-diretor agora aguarda os trâmites burocráticos para sua recondução ao sistema prisional brasileiro, onde deverá iniciar o cumprimento da pena imposta pelo STF.


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